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[CINEMA] A delicadeza do amor

12:42



O cinema francês me encanta cada vez mais. Não sei se é o charme ou o delicado toque francês, mas a forma como trabalham suas histórias nos filmes sempre são brilhantes, e foi assim que mais uma vez me rendi a ele.

Que história linda e ao mesmo tocante a de "A delicadeza do amor". O início gracioso mostrando o encontro de Nathalie e seu namorado, o aflorar do primeiro amor que logo se desabrocha em um casamento simples e completo. A ternura do casal é expressa nos detalhes, que cumpre seu papel de nos ganhar, encantar e emocionar.

Quando menos esperamos, a linda história de amor é interrompida com o falecimento abrupto do esposo de Nathalie. De uma causa sútil e com consequências extremamente dolorosas, não há como fazer não se compadecer da dor da jovem esposa. O luto da personagem se enraíza no telespectador como pequenas gavinhas que tomam conta de nossas emoções.

A personagem, com os passar dos dias, reúne forças para continuar sua trajetória, mergulhando de cabeça no trabalho e vendo nesse uma escapatória para sua realidade. O que temos frente a nossos olhos é uma personagem extremamente forte, que não percebe como sua bondade e personalidade doce são percebidas pelas pessoas ao seu redor.

A relação com Markus, o colega de trabalho, se desenvolve sem pressa, percebemos que não há nada romantizado. É uma história tecida delicadamente, sem grandes alardes, com sentimentos desenvolvidos em sua forma real. A dor é presente, porém nem sempre a vemos. Os medos e questionamentos estão ali, escondidos em algum lugar que podemos senti-los,  em meio a um labirinto de possibilidades que rodeiam cada personagem.

Cada passo dado nos leva a reconhecer uma realidade agridoce. Ninguém gostaria de estar na pele de Nathalia, mas todos gostariam de ter a força que ela tem e a maturidade para desenvolver seus pensamentos tomando rédeas dos caminhos que a vida lhe impôs.


A delicadeza do amor é um filme para quem gosta de ver reflexos da vida expostos em um filme sincero, simples e tocante. Como toda obra francesa, ele não chamará a atenção por um desfecho impressionante e hollywoodiano, e sim te prenderá justamente pela simplicidade com que mostra a vida como ela é.

É um filme para chorar e se encantar. A fotografia com a bela cidade de Paris da um toque especial e charmoso, em cenas que nos aquecem o coração e nos faz perceber nas pequenas delicadezas a sinceridade do amor.

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